Nos próximos dias 15 e 16 de junho, decorre no Student Hub da Universidade de Coimbra, a reunião anual do projeto europeu ARDAT (Accelerating research & development for advanced therapies). Um projeto que tem como objetivo acelerar o desenvolvimento de Medicamentos de Terapia Avançada (da sigla inglesa, ATMPs). Os ATMPs, como terapias celulares e terapias génicas, têm um grande potencial para tratar doenças genéticas complexas, como o cancro, doenças raras e doenças degenerativas.
O projeto ARDAT surge de um consórcio que reúne especialistas de organizações públicas e privadas europeias e americanas, incluindo o grupo de investigação de "Terapais Génicas e Estaminais para o Cérebro" do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC), liderado pelo investigador e presidente do CNC-UC, Luís Pereira de Almeida. O consórcio é co-liderado pela Universidade de Sheffield, no Reino Unido, e pela empresa farmacêutica Pfizer.
Neste encontro, especialistas de 26 instituições diferentes vão estar presentes para discutir os avanços feitos até à data e os próximos passos. A discussão vai focar-se na compreensão de como estes medicamentos são processados pelo organismo, na identificação de mecanismos pelos quais o sistema imunitário dos doentes poderá reagir e comprometer a eficácia e segurança do tratamento, no desenvolvimento de modelos preditivos da resposta de doentes aos ATMPs e na adoção de procedimentos standard de avaliação de segurança e eficácia de ATMPs.
O encontro conta com a presença especial do investigador norte-americano Jude Samulski, co-fundador da empresa Asklepios BioPharmaceutical, Inc (AskBio). Jude Samulski é considerado um dos pioneiros da terapia génica a nível global. No dia 15 de junho, às 17h00, no Colégio da Trindade da Universidade de Coimbra, Jude Samulski vai apresentarum seminário dedicado aos desafios no tratamento de doenças ultra raras. Este seminário será aberto a toda comunidade científica e médica.
O projeto ARDAT, arrancou oficialmente no dia 01 de novembro de 2020 e termina a 31 de outubro de 2025, apoiado pela Innovative Medicines Initiative (IMI), um programa co-financiado pela União Europeia e pela Federação Europeia da Indústria Farmacêutica e Associações (EPFIA).
Laetitia Gaspar e Carolina Caetano